Escrever e falar de José Lezama Lima em Cuba no centenário de seu nacimento (2010) foi uma oportunidade fornecida pelo destino, que, contrariamente ao mestre que queria ir para Paris em busca de si mesmo e não podia, eu tive a felicidade de ter ido a Cuba em busca do mítico número 162 da rua Trocadero. Posso dizer que foi um privilégio para um adorador lezamiano. No entanto, já tinha adentrado antes de minha viagem na cornucópia barroca pelas páginas do magistral Paradiso. Outros cubanos também me introduziram na sua obra. Entre eles, cito o diretor Tomás Gutiérrez Alea, que descortinou em seu filme de Morango e chocolate, o famoso almoço lezamiano. Digo isto para sugerir que a atmosfera lezamiana vai além dos limites da palavra.
O escritor cubano emprega a palavra para criar a sua cidade imagética. Na obra La Habana - José Lezama Lima interpreta sua cidade, temos uma viagem poética através da cidade elegante. Os textos foram reunidos por José Prato Sorial em 1998. Segundo o organizador, Lezama Lima publicou vários textos no tradicionalista Jornal de la Marina, entre setembro de 1949 a março de 1950, por sugestão do poeta Gaston Baquero. Este estudo irá propor a investigação de alguns artigos do livro supracitado para analisar a construção poética do espaço urbano lezamiano.
A representação da cidade, do espaço urbano, em obras literárias é de
longa data, como atesta, por exemplo, a Ilíada,
de Homero. O cerco da cidade de Tróia é superado pela astúcia grega ao
presentear um cavalo que tinha no seu bojo a vanguarda dos seus exércitos. O
que temos descrito pelo narrador grego é a fortaleza das muralhas troianas, que
têm que ser transpostas por uma artimanha. Entrar na cidade: eis a questão.
Outros também tentaram penetrar pelos portões das cidades, como o viajante
veneziano Marco Polo, personagem de Ítalo Calvino (1998) no romance As cidades invisíveis. Este narrador
relata as suas viagens por cidades de todos os tipos para um curioso e
melancólico imperador dos tártaros, Kublai Khan, que nunca saiu do seu império.
As descrições superam o âmbito geográfico e remetem a uma abrangente simbologia.
As cidades de Marco Polo não correspondem com a realidade tangível, mas sim a
algo que tem como referente o real e se distancia dele para se situar no plano
do imaginário. As referências urbanas de Marco Polo permitem que as cidades
ganhem novas significações. O narrador de Calvino usa como estratégia textual a
leveza. As palavras usadas são simples e eficientes. O leitor pode, então,
transpor para o seu imaginário cidades míticas que guardam algum tipo de
relação com a sua cidade. Destaco dois fragmentos da leveza urbana de Marco
Polo (CALVINO, 1998, p. 85-97):
“Milhões de olhos erguem-se diante de
janelas pontes alcaparras e é como se examinassem uma página em branco. Muitas
são as cidades como Fílide que evitam os olhares, exceto quando pegas de
surpresa.”
“Em toda a sua extensão,
a cidade parece continuar a multiplicar o seu repertório de imagens: no
entanto, não tem espessura, consiste somente de um lado de fora e de um avesso,
como uma folha de papel, com uma figura aqui e outra ali, que não podem se
separar nem se encarar.”
As cidades latino-americanas
têm diferenças significativas em relação às cidades europeias. O trecho urbano
incorporou os princípios de arquitetura do velho mundo, mas sua transferência
para a realidade americana gerou mudanças fundamentais, posto que empregou a
mão de obra local e materiais da região. No século XX, a tranquilidade urbana começou a ser
substituída pelo caos devido a migrações do campo e a invenção do carro que
consolidou sua posição como o principal meio de transporte. Surge uma
realidade fragmentada cheia de sentidos adormecidos e latentes que podem ser
despertados pela palavra poética. O olhar do poeta permite que cada elemento da
paisagem urbana tenha uma nuance mágica. Uma pedra velha, um pátio em ruinas,
uma fonte colonial, o croquete ao serem saboreados e contemplados pelo poeta flâneur compõe o calidoscópio da cidade.
Porém, os problemas surgem e é impossível evitá-los, como nos sugere abaixo
Alejo Carpentiern (1940, p. 1):
“La
Habana es la ciudad de lo inacabado, de lo cojo, de lo asimétrico, de lo
abandonado. Desde niños estamos habituados a tropezarnos, cada día, con solares
yermos, donde se amontonan latas cada vez más seculares, desperdicios cada vez
más diversos. Durante años padecimos el desierto en donde habría de alzarse el
Capitolio, cubierto de ruinas evocadoras de las primeras grandes mangaderas
de nuestra vida republicana. (Al menos, tenían un valor histórico.) Durante
años hemos estado padeciendo aquel erial que se extendía a un costado de la Terminal , ofreciendo al
viajero que llegaba de la provincia un panorama capitalino lleno de
acusaciones.”
O ritmo da cidade também entra como elemento da composição das imagens. Os
ruídos provenientes das personas, veículos e outros meios configuram o mundo
alucinante e estilo de vida urbano. Como poeta, Lezama Lima também sabia encantar
a linguagem para produzir o ritmo da escrita. Cada fragmento é uma pequena
obra, um pedaço do enorme organismo chamado cidade. São fragmentos que guardam
una certa independência, mas que têm entre si uma relação profunda e real. As
imagens ganham através das palavras sua consistência e força. Assim, a cada
nova leitura se consegue recriar o tempo, isto é, volta a ser. A marcha dos
pensamentos do flâneur é organizada pela
narrativa, mas sua estrutura não abandona o ritmo verbal que transmite vida ao
texto. Os jogos de luzes e sombras são registrados pela maneira barroca de
narrar os acontecimentos de diferentes motivações cotidianas, porém o estilo
respeitará o leitor pela sua leveza. Algumas características da prosa lezamiana
ajudaram a penetrar na essência do cubano, e por extensão do ibero-americano,
oferecendo várias possibilidades de sentido para seus leitores. Do mesmo modo
que o escritor espanhol de costumes do século XIX, Mariano José Larra, Lezama
Lima se vale da sua sútil ironia como um instrumento para ferir o mais fundo possível.
Por detrás da fachada de bonomia, está a máscara da dissimulação e do sarcasmo.
A atitude crítica é um componente que comprova a preocupação do escritor diante
das situações, mas a maneira de fazê-la não significa uma perda do sensualismo
ou do humor. Ao leitor fica o convite feito pela piscadela irónica para entrar
no jogo e ser cúmplice do autor e retirar as máscaras:
“Cosa rara y
simpática que ofrece el perfil de nuestra ciudad: transcurre tan solo un día y
sus moradores se precipitan a la alegría de sus excesos, con una temeridad en
sus desembolsos rectificables muy pocos días después, cuando se haya disipada
la gloria áurea de las dos primeras semanas del mes." (LEZAMA LIMA, 1991, p.37)
A curta felicidade dos habitantes dura pouco, pois o salário não alcança a
totalidade do mês, isto é, cobre uma parte dos gastos, mas recebê-lo é o
momento de glória. As vitrines das lojas estão com as mercadorias para que as
pessoas tenham o prazer de observá-las e se talvez comprá-las. O consumo dará a
nota de alegria fugaz nos atónitos compradores que se entregaram ao ritmo
alegre e colorido, porque “(...) son los días de compra, en que la ciudad se
transfigura en mercado, feria o fiesta en Bagdad.” (LEZAMA LIMA, 1991, p.37) Destarte,
se produz uma mudança imagética em La Habana: a atmosfera reinante remete as mil e uma noites de Bagdad, visto que as cidades
se interpenetram e adquirem um novo sentido. Contudo, a magia do instante durará pouco. A realidade substitui o inverossímil
e se desperta do sonho: “(...) por las solicitaciones de un revuelo sin
nombre.” (LEZAMA LIMA, 1991, p.42)
Despertar para a realidade pode ser interessante ou não. A ilusão do
mercado desapareceu e surge uma cidade mais verdadeira que mostra o seu lado oculto:
“La ciudad se rinde, muestra los ademanes tomados más cuidadosamente de la
antología del cerimonial, cuando se le dice la visita de un jardinero o alguien
preocupado por su crecimiento.” (LEZAMA LIMA, 1991, p.47) Para o poeta falta
alguém que cuide do desenvolvimento da cidade com carinho, isto é, que a cidade
seja um “mundo de jardinero”. (LEZAMA
LIMA, 1991, p.48)
A cidade também necessita ser saboreada e disfrutada. Los refrescos de
sirope podem ser muito agradáveis ao paladar, mas também remetem para algo más
sinistro através da imaginação lezamiana: “Pero el habanero que se encuentra en
su primera madurez corre el riesgo de ver aquel elemental artefacto
metamorfoseado en cuernos, pezuñas y clowns
sangrientos.” (LEZAMA LIMA, 1991, p.52) O passeio do flâneur traz a luz imagens da cidade, porque o espaço da metrópoli fornece
elementos para o poeta: “La ciudad muestra el orgullo de un pensamiento que se
crea, que se hace creación y de un crear centradado por el gobernario del
hombre.” (LEZAMA LIMA, 1991, p.157)
A individualidade que aparentemente se mostra no rosto de cada pessoa é
dissolvida na multidão. Não escutamos o outro, mas o observamos e não dizemos
nada. Los medios de transporte son
en parte responsables por este hecho. São muitos desconhecidos que
cruzam nosso caminho dentro de um lugar pequeno e que estão isolados em seus
mundos privados. Durante um breve espaço de tempo a massa humana é uma única coisa
e gera o enfado. A promiscuidade no
ônibus lotado deixa o poeta atordoado: “Yo caí sin sentido en el no recuerdo. Me
alzaba y caía dentro de la marejada del humo. Tiré de la nube o de la misma
marejada. No recuerdo, me esforcé por recordarlo, lo que hice en el resto de
ese día y esa noche.” (LEZAMA LIMA, 1991, p.58). A solidão na multidão
ganha força e o contato corpo a corpo não restabelece a comunicação com o outro
que desaparece no próximo ponto. A experiência de ser transportado no meio da
massa de pessoas é muito próxima a um mergulho no inferno onde seu anfitrião o
espera: “Nominar tan sólo esos transportes, más sombrios que los que iban de la Estigia a la Moira , motiva nuestros
conjuros y evocaciones para alejar esos increíbles disfraces que asume el
Maligno.” (LEZAMA LIMA, 1991, p.57) O
olhar do flâneur se detêm em algumas pessoas e a veia humorística e irónica
predomina nas descrições, como a de um apoplético Eolo que sopra bocadas
higiénicas de pepino sobre os demais, mas seus descomedidos propósitos são
cortados a tempo, já que ele chama um taxi e desceu do ônibus como um hipogrifo
urbano exclamando “sol y amargura”. (LEZAMA LIMA, 1991, p.58). Podemos propor que a multidão humana
provoca no flâneur medo e assombro,
porque ele necessita de espaço livre para deslocar-se e não quer perder sua
intimidade.
A cidade também é o espaço de cruzamento de culturas e da criação da
“expressão americana”, porque surge a transculturação. A mistura de raças e por
extensão de culturas é facilitada pelo espaço urbano, mas leva a perda dos
antigos costumes substituídos pela nova maneira de ser. Cito o mestre:
“Pues descubrir,
arrancarle parcelas a lo desconocido, fue característica de esa raza hispánica,
que para ser también modo y manera de América, empezó por fundir, por buscar a
través de lo desemejante y contrario, con la ayuda de la síntesis que propiciaba
el fuego impulsado por un arremolinado pathos
histórico, el nuevo cuerpo. Si es posible hablar de raza americana, será porque
ya venía compleja, refinada y terrible de la raza hispánica.” (LEZAMA
LIMA, 1991, p.62)
A mestiçagem antropofágica encontra na trama urbana seu espaço ideal, posto
que a variegada justaposição de distintas culturas produz a riqueza e a diferença
do cubano e do habanero. La Habana se forma, então, com várias camadas culturais
que tem sua própria maneira de ser. Segundo Lezama Lima, a cidade: “(...) tiene un ritmo de crecimiento
vivo, vivaz, de relumbre presto, de respiración de ciudad no surgida en una
semana de planos y ecuaciones. Tiene un destino y un ritmo.” (LEZAMA
LIMA, 1991, p.61) O ritmo da cidade ditará como seus habitantes devem fazer a
interação ou não. O homem ao fazer o percurso pelos seus contornos labirínticos
será direcionado pela disposição de suas ruas ao encontrar seu centro, mas
surgiram regiões intermediárias carregadas de mistério e solidão. Para Lezama
Lima, La Habana é como uma flor que se oferece durante o dia para aqueles que a
desfrutam e se fecha pela noite, às doze. Não obstante, a cidade atrai e joga
com os vaga-lumes curiosos com seus crepúsculos mágicos e sua luz artificial
noturna. A ronda do Malecón é uma travessia na qual a cidade se oferece em todo
seu apogeu ao poeta. Os fogões na
rua apresentam a Lezama Lima as delícias de seus manjares com uma copiosa
entrada de “(...) sopas de ajo bien tributado, donde la tía encuentra
innumerables virtudes curalotodo, pero donde el gusto quiere sólo adelantar una
delicia, un pregón de triunfo para la combinatoria refinada de la sal y el
aceite.” (LEZAMA
LIMA, 1991, p.77) O banquete americano está
quase pronto e se enriquece de sabor com o condimento luceferino proposta pela
avó: “Ese contrapunto con que se estructura a un plato y que llega a hacerse
tan sabio y cabalístico, el manto de una bechamela cayendo sobre las doradillas
de unas papas diminutas, parece demostrar que el Diablo también anda por los
pucheros.” A figura da avó é que marca decisivamente a presença das
tradições gastronómicas. Seu saber chega de várias maneiras, como no fato de
contar histórias e também por seus saborosos pratos. O banquete está carregado
de simbolismo, pois as tradições são incorporadas através da comida. De todas
as maneiras, o saber passado pelas avós se está perdendo porque o habanero não
tem mais prazer por saborear os alimentos. A vida moderna rompe a antiga tradição
e as latas de conserva substituem com terríveis resultados o delicioso
banquete, mas a nostalgia pelo comer bem e escutar histórias virá com mais força
nos dias de inverno: “Volverá, impuesto por la frialdad de manos y piernas, a
la época en que el relato de cómo se hacía un plato, alternaba con el relato de
aventuras, el relato de un antiguo sucedido legendario o las excursiones persas
de Marco Polo.” (LEZAMA
LIMA, 1991, p.78)
Às vezes há que sair em busca do que falta ou simplesmente sair para o
universo da rua para aproveitar as delícias oferecidas a todos os sentidos pela
cidade. O âmbito analógico que a imagem poética descobre se abre infinitamente
a natureza a través da percepção; os sentidos se acostumam diante da surpresa. A
imagem mais insólita se manifesta no fato mais corriqueiro. A
rua se transforma para Lezama Lima em um ser vivo que tem seus humores e cada
mistério que encerra será despertado pelo silêncio do olhar: “Pues las calles
exhuman sus difraces de personas; unas son mate e inexplicables para nosotros;
otras se adelantan, nos dan la mano, caminan a nuestro lado, hinchando los
trojes de una bien hilada conversación.” (LEZAMA LIMA, 1991, p.81). A caminhada pelas ruas e o instante
de fugazes olhares trocados. São faces que em seu conjunto são perdidas como
lágrimas na chuva, porque o que permanece é uma recordação fragmentada muito
frágil. Nas palavras do flâneur, a rua é uma “(...) fluencia, río que
sumó lo heterogéneo para formar venas, varas lineales hasta el confín. La sucesión nos lleva al disfraz
de planos cubistas, y el exceso al galope sin contrastes llega, inaceptable
mundo aporético, a negar el jugo y el ser de existencia.” (LEZAMA LIMA,
1991, p.167) Os barulhos, diálogos, sons são uma presença constante
interrompida por breves silêncios. Em cada esquina desponta a possibilidade da renovação
do bulício citadino, posto que os silêncios são substituídos por novos
“dialogantes, sofistas o atletas enfurecidos”. Desse modo, a cidade mantêm acesa
a chama de sua vida interior. A melhor maneira de aproximar-se do caleidoscópio
urbano é pelo ar como nos sugere Lezama Lima: “Ganemos en una mañana la
perspectiva aérea de La
Habana.” As ruas também estorvam aos invasores pedestres ao atrasar
sua rápida marcha ao levantar seus “aguijones y sus ingenuos sistemas
defensivos”.
O mercado, como a rua, é um dos espaços públicos da cidade onde são
feitas as trocas comerciais, mas que fomenta a interação das pessoas. A festa persa
do mercado corresponde a maneira de ser de Lezama Lima que em toda sua carreira
literária e cultural, empreendida sempre desde o rigor e a entrega, se desenvolve
também sob o signo do júbilo y da celebração. A riqueza verbal de Lezama Lima é
alimentada pelos seus sentidos que são os descobridores que poderão reconhecer as
formas apresentadas pela cidade. Outra cidade em miniatura é o circo que traz para
o olhar do “cosmopolitismo de la gracia” e alimenta a imaginação lezamiana:
“¿Acaso, cada uno de esos acróbatas no nos obligan a reinventarle una
biografía, a completar con la sucesión aquella oscuridad con la que se
presentan?” (LEZAMA LIMA,
1991, p.115)
Finalizando, podemos dizer que La Habana descrita por Lezama Lima
corrobora que seu fazer poético caminhava de mãos dadas com suas eras imaginárias.
Ele entra na cidade pelos seus portões fictícios e nos propõe um mundo com novas
possibilidades de significação, porque a cidade se desenvolve em seus distintos
espaços e fragmentos. O olhar do poeta nos revela que há algo a mais da
superfície através de novos símbolos e palavras. As variadas facetas da urbe
descritas durante o passeio do flâneur
lezamiano comprova que La Habana é um ser vivente que exala o barroco.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire – um lírico no auge do capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1994.
CALVINO, Italo. Las ciudades invisibles. Madrid: Siruela, 1998.
CARPENTIER, Alejo. “La Habana, ciudad sin terminar” In: Tiempo, La Habana, 10 de diciembre de 1940.
GONZÁLEZ CRUZ, Iván. Fascinación de la memoria. Textos inéditos de José Lezama Lima. La Habana: Letras Cubanas, 1993.
LEZAMA LIMA, José. La Habana. José Lezama Lima interpreta su ciudad. Madrid; verbum, 1991.
__________________. A dignidade da poesia. São Paulo: Ática, 1996.
PAZ, Octavio. El arco y la lira. México/DF: Fondo de Cultura Económica, 1990
Rodrigo Vasconcelos Machado é um dos grandes valores que emergiram do
cenário académico-cultural da Belo
Horizonte de fins dos anos 1990, vinculados à Faculdade de Letras da UFMG,
“intercessores”, no sentido deleuziano, da revista Orobó. Ensaísta e fotógrafo,
dedica-se há varios anos a pesquisar e ensinar literaturas ibero-americanas na
Faculdade de Letras da UFPR. Fez mestrado em Letras na UFMG e doutorado na
mesma área na USP. Machado é autor da foto acima, tirada na “Habana vieja” de
Lezama.
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