AYÓTÔ
ferreiro
AÓTUTÔ
alfaiate
CHÉGUTÔ
caçador
GANTULÔ
ourives
AMÁDÁTÔ
capineiro
AZOMHÁTÔ
cirurgião
AFÓPÁTATÔ
sapateiro
ATANCHÓLÁTÔ
barbeiro
Designer, performador, artista plástico, Guilherme Mansur é, também, um dos poetas-inventores mais importantes na cena contemporânea. Tipógrafo, responsável por alguns dos mais belos contraprodutos editoriais através de sua Tipografia do Fundo de Ouro Preto, alterou radicalmente o conceito de editoração gráfica com um trabalho extraordinário no Suplemento Literário de Minas Gerais de fins dos anos 90 até 2002. Dono de uma obra extensa e inquietante, que não conhece concessões de qualquer natureza, publicou ultimamente, entre outros, “Bahia
Baleia” (2009), “Haicavalígrafos” (2008) e “Bandeiras — territórios
imaginários” (2008). O poema nesta página é uma incursão do poeta pela língua Mina-Jeje falada pelos escravos em Ouro Preto no século XVIII, fato linguístico pesquisado por Yêda Pessoa de Castro e documentado em livro publicado pela Fundação João Pinheiro em 2002. As imagens são do grande fotógrafo baiano Mário Cravo Neto. Mansur vive e trabalha em Ouro Preto.